quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Choque ao contrário

Por isso ele era rei, e alguém suporia diante da realeza ter um pensamento; uma palavra súbdita.
Herberto Helder, in Do Mundo
imagem: ephemerajpp.com
1. Há um comunicado da responsabilidade da comissão política do CDS vimaranense que diz que A Oficina promoveu um despedimento coletivo. Um despedimento coletivo? Ó diabo!
Há um texto que terá saído do punho de um certo CDS de Guimarães, onde se fala de uma qualquer coisa – tipo pompa vistosa e, quiçá, espampanante, para jornalista ver – que diz que “uma onda de despedimentos” terá acontecido na cooperativa cultural vimaranense A Oficina. Ups! Que isto está assim à-espécie-de-tsunamis-que-se-elevam-de-uma-onda-descalibrada. 
Há um opúsculo – que, pelos vistos, morreu à porta de um microfone vaidoso e sem escrúpulos, sempre pronto a fazer estragos – que, tentando ser um texto sério, terá a assinatura de Orlando Coutinho,
(um parêntese para vincar que, mantendo o que escrevi sobre o atual líder do CDS vimaranense, ainda acredito que Orlando Coutinho jamais escreveria o que terá escrito sobre José Bastos)
não passa de um desejo apressado de (também) ir a Santa Clara; a exemplo do que aconteceu (tinha mesmo que ser?) com André Lima.
Ok, Domingos Bragança sabe que André Lima controla o resto da oposição vimaranense!

2. Mas falar em modelos “de gestão moderna” ou de “proximidade” só revela o quão distante um certo CDS vimaranense anda da realidade local. Só revela um CDS que, afinal, regressa sempre ao populismo demagógico. E isso, confesso-o, não fazia parte do que penso de Orlando Coutinho. Não queria mudar de opinião, mas depois deste episódio, assim, à-espécie-de-ciúme-pelo-parceiro, ter-ido-ao-convento-sem-mim, eu não quero pensar que pode estar de regresso o PP que os vimaranenses rejeitaram.

Em suma, olhando para aquilo que o CDS vimaranense tornou público, só posso olhar para o PP de outros tempos (não muito distantes) e, sem medos, vincar e assinar por baixo as palavras do vereador da cultura da câmara de Guimarães, José Batos: “que seria de Guimarães se quem faz comunicados desta estirpe tivesse que tomar decisões”?

Sem comentários:

Um mundo assaltado está aí II

foto de arquivo Sim, alguém está a surripiar o futuro às nossas gerações – e é contra tal ladroagem que os jovens protestam . Gonçalo M. ...