António Lobo Antunes, in Ípsilon, 14.11.07
João Proença, antigo líder da UGT, concedeu uma entrevista aos jornalistas da TSF Hugo Nentel e Vítor Rodrigues Oliveira que foi publicada no Dinheiro Vivo do último sábado. É uma entrevista que importa ler e reler. Porque é uma entrevista estranha. Cheia de oportunismos; quer nas palavras de circunstância, quer na forma como o senhor se põe em bicos de pé para fazer de conta que pode estar onde não está.
É uma entrevista de alguém que depois de não ter sido capaz de ser o que queria ser noutras circunstâncias, se atirou para a frente num esforço tremendo de apagamento de um passado recente e faz de conta que nunca foi o que tentou ser.
Não deixam de ser curiosas estas suas duas afirmações:
“Será importante que comecem a ser discutidas medidas concretas e que o PS afirme claramente as suas medidas em alternativa às do governo”.
“Eu espero, sobretudo, que em breve [António Costa] possa apresentar ideias no quadro da comunicação a que se comprometeu”.
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