sábado, 10 de janeiro de 2015

Portugal sem rei nem roque, não é?

foto: economico.sapo.pt
Quase no fim do ano António Guterres, concedia uma entrevista ao jornal Público (14.12.28). Quando toda a gente estava à espera que um dos melhores primeiros-ministros que Portugal teve, falasse da sua ida para Belém, Guterres foi igual ao que sabemos dele: “a Europa vai viver uma progressiva perda de influência à escala mundial. Pode fazê-lo de forma desornada e com um preço muitíssimo mais elevado para os europeus, ou pode fazê-lo assumindo coletivamente os seus valores”.

Sendo verdade que “a vida da comunidade internacional tem sido marcada por múltiplas tensões, cuja raiz remonta à crise financeira mundial de 2008, elas têm sido enfrentadas com panaceias e propostas de solução que não ultrapassam o limiar da determinação retórica, ou até, como é o caso da União Europeia, com medidas que trocam o alívio no curto prazo por um preço astronómico a pagar no futuro”. (Viriato Soromenho-Marques, Visão,15.01.01)
Ponto de vista, aliás, com o qual concordo inteiramente, opinião que o mesmo autor também publica no Diário de Noticias (14.12.29): “a condição periférica que ciclicamente ameaça Portugal não resulta de uma fatalidade geográfica, mas sim de uma incapacidade de liderança politica para perceber os desafios da história”.

A culpa é nossa, portugueses acomodados. Daí que sublinhe o ponto de vista de António Guterres.
E ainda há por aí quem, abusivamente, teime em dizer que só gostava de conspirar no sótão!

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