quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

As obrigações sociais são de quem?

Num texto de José Paulo Silva e a propósito das redes de intervenção social dos municípios, o jornal Correio do Minho questiona “até que ponto não se poderia contar mais” com a igreja católica, desde logo, pode ler-se na peça jornalística, como forma de “articular mais as reflexões e as soluções dos problemas”.
É uma boa questão, não fosse o estado, cada vez mais, se afastar da sua grande missão que é o Estado Social. Tudo o que se possa dizer a seguir estará a mais.

Quem leu o texto dirá que Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, disse ao jornal bracarense que “não podemos prescindir do Estado Social, mas a sociedade também tem as suas obrigações”. Está certo. Mas a obrigação da sociedade, no contexto, ou melhor, no estado em que ela está – pobre, tesa e sem saídas – é apenas um exercício de retórica.
Por isso, o que importa valorizar e vincar de forma veemente é que continua a ser grave o afastamento que o estado, pela mão do ministro Mota Soares, tem vindo a fazer: entregar a privados, estejam eles organizados de forma coletiva ou individual, o que devia ser público. E nisso, sim, a sociedade tem as suas obrigações.

Infelizmente ela já está completamente hipnotizada!

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