Num fim-de-semana que alguns dizem não se passar nada, retenho três grande ideias. Daquelas que nos tiram, muitas vezes, o sono; daquelas que nos deviam mostrar como somos tão patetas quando dizemos que nada é connosco.
A primeira é do jornalista Fernando Madrinha (Expresso, 14.08.23) “a única novidade do discurso [de Passos Coelho no Pontal] – a recusa de se comprometer sozinho com novas tentativas de cortes definitivos nas pensões – foi, não o parecendo, eleitoralismo puro”.
A segunda tem a mão do politólogo José Adelino Maltez (noticias TV, 14.08.22): “ai de nós se não tivéssemos liberdade de informação, foi graças ao escrutínio que muitas coisas se desenrolaram e ao que um ou dois grupos avançaram, que tinham poder para lançar algumas das noticias que estavam ocultas”.
E a terceira sai da pena do antigo deputado do BE José Manuel Pureza (Diário de Noticias, 14.08.22) e diz assim: “a disponibilidade de atores, futebolistas, gente do jet set, apresentadores de televisão para, aceitando os riscos de desagradar a alguns dos seus fãs, ir além do gesto convenientemente humanitário e fazer campanha contra o verdadeiro duche gelado que é a realidade de um país injusto e onde cada vez há menos capacidades de todos poderem lutar de igual modo contra a doença soa a utopia. Porque será?”.
Se olhássemos com atenção para estas palavras perceberíamos rapidamente que o primeiro-ministro de Portugal anda à deriva, os portugueses só gostam de importar coisas dos outros (porque será?).
Assim quem pode acreditar no futuro?
Ah! Felizmente que há Jornalismo (sim com maiúscula) que permite que, pelo escrutínio, muitas coisas se clarifiquem.
Caso contrário estaria mais próxima outra longa noite negra; como noutros tempos.
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