domingo, 13 de julho de 2014

Pequeno teatro


Acredito que há uma igreja, nos dias do papa Francisco, diferente da que Vítor Rainho (tabu, 14.07.11) desenha quando escreve que “também a igreja entrava em festa e sempre que alguém que ia comungar denunciava que tinha comido um pouco mais de toucinho numa sexta-feira – praticamente a única carne a que tinham acesso milhares e milhares de pessoas – acabavam por pagar uma multa para não serem excomungados”.

Acredito que o discurso que Pedro Mexia (atual, 14.07.12) sublinha – “quando foi a última vez que se confessou? Que pecados cometeu desde então? Está arrependido? E tem o firme propósito de não voltar a pecar?” – ou seja, um “conhecido interrogatório” que aterrorizou tanta e tanta gente ao longo dos séculos, não continuará a fazer parte das páginas de James Joyce (como adoro, por exemplo, Junto de Dublin) como “páginas de angústia, excitação e impunidade”, como sublinha Pedro Mexia. Nem das vidas dos dias que correm.

E acredito, oh! se acredito!, que “a limitação é algo que se encontra muito mais na cabeça das pessoas” (Thais Melchior)

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