terça-feira, 18 de março de 2014

Reaprender a viver

Filmar a própria morte, no contexto de uma guerra, não salvará quem a filma, mas poderá impedir, no futuro, a morte de outros.
Cristina Margato, atual, 14.03.01
Joaquim Azevedo, consultor do Conselho Pontifico das Comunicações Sociais, escrevia há dias (14.02.19) que “a dita sociedade de informação é também a sociedade do encolhimento, do enviesamento e da desinformação”. E acrescenta que “os medos são agora explorados à exaustão pelos media e isso faz com que o real, os casos concretos e pessoas concretas não existam”.

Entre o filmar da própria morte e a exploração pelos medos que destroem as pessoas – concretas, pois claro! –, não acredito que alguém seja capaz de encontrar nos dias que correm motivos de felicidade. Seja onde for.
Calma! Motivos para atribuir à realidade que nos cega as razões de felicidade, devia ter acrescentado.
Sim!, no futuro todas as mortes já estão filmadas. E, afinal, é mais do que urgente percebermos que assuntos de família não morrem. Nunca. Nem mesmo nos ardores incontroláveis da pressa do imediato. Sim!, do direto.
Sim, no futuro todas as mortes já estão registadas.
Prontinhas a colocar na nuvem que nos invade com o spam malévolo.
 

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