terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Nem longe nem perto demais

Há, por aí, por todo o lado – mesmo que por esse lado também se respire naturalmente e sem ajudas externas (nem que sejam escafandros de respiração à superfície) –  infelizmente!, uns parvalhões que acham (coitados!, nem sabem como sofrem de cegueira!) que os encontros de pessoas que pensam, espaços de reflexão, tertúlias ou chame-se-lhe o que quiser (desde que o pensamento possa circular e a troca de ideias seja uma realidade) só são espaços de idolatria, endeusamento ou algo parecido a bajulação. Como os que eles gostam de estar; gostam de estar, só. Coitados!
Há, felizmente!, uma imensa minoria que sabe pensar, agir e conversar sem esses hipotéticos donos da verdade por perto; esses perdedores da realidade; sempre disponíveis a serem derrotados por narcisismos.
Olhar para parvalhões deste calibre leva-me sempre – memórias adentro – até às palavras sábias do meu pai: “ó filho tu nunca te metas onde há gente que tem um umbigo maior do que a realidade que nos mata!”.
Já não posso confrontar o meu pai com estas suas palavras verdadeiramente atuais, mas que elas não me saem da cabeça nos tempos que correm, não.
É que o que elas transmitem é cada vez mais urgente. Em tantos sítios. Ao pé da porta, mais à frente, do outro lado da rua… em tantos, tantos lados.

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