domingo, 2 de fevereiro de 2014

Melancolia bêbada

Há semanas em que os fazedores de opinião do meu país me deixam taciturno. Outras em que ao ler as palavras destes mesmos opininadores, considero que é preciso coragem para afirmar em letra de forma o que todos sentimos.
Neste fim de semana registo duas opiniões prontinhas a tirar o sono. A minha, pelo menos. A primeira, de Henrique Monteiro (Expresso, 14.02.01) e à laia de introdução para as dores que nos violentam cada vez mais – “há muito que a sociedade moderna se preocupa com as aparências e pouco com as essências” – leva-nos para a triste e profundamente verdadeira espuma (é mais agitação, não é?) dos dias que nos esmagam em terras lusas. A outra, de Manuel Carvalho da Silva (Jornal de Noticias, 14.02.01) mostra-nos o óbvio (para quem sofre), a infeliz certeza de que quem nos governa nos mata a cada momento, ainda que, tantas e tantas vezes com sorrisos filhos da mãe. “a pobreza não paga a dívida. Mas o povo português, aprisionado na armadilha da dívida, continuará a empobrecer e a ter menos liberdade, democracia e soberania”. Este retrato de Carvalho da Silva é tão certeiro que assusta. Não tira só o sono.

Que país este em que nos querem fazer acreditar?

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