do vício são vozes dos putos. assim nasce
um bairro!
bate-se em quem se pode
bloqueiam-se os extremos. matam-se
doentes raros; ligando mundos absurdos
não parto! sou um nojo! já se acabou
o nosso tempo. que vozes!
são várias as vozes que bloqueiam as ruas
dos vícios – estranhas ligações consagrando
os esforços que dão razão à ausência. vozes
a passar à tangente sob o edifício deprimido
a que – teimosa e orgulhosamente – chamamos
sociedade.
as vozes que dão razão a ausências
são vozes certas; feridas e magoadas
(quantas vezes vestidas de interioridade negra)
que nunca pisaram terreno seguro
são vozes sérias. vulcão adormecido!
prontas a quebrar o cerco do rosto do velho
muito belo. que pinta a sociedade.
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