Precisamos de provocação e de quem nos desafie. Precisamos muito de quem nos escangalhe a moldura.
Inês Meneses, Ípsilon, 19.03.09
danças disfarçadas.
tão belas! como adoro flutuar sobre a cidade! e se for à noite? tantas pessoas
cruzando-a!
já era tempo de
tirarem as máscaras, não achas?
para inventar o
mundo percorremos a cidade dos homens; ficamos no desejo ardente que os anjos;
só os anjos!, nos levem no caminho que sempre desejamos:
a
rua por onde passou tanto do teu encantamento
de
pecado em pecado numa cidade aborrecida
bem sei que tu
dizes que não te importas de envelhecer, mas numa altura em que até as
profissões estão em aceleradas metamorfoses tu acreditas que calar as dores tácitas
ajuda no regresso à cidade?
duvido.
regressar à cidade onde há corpos empilhados e tantos
dramas sem resposta!
na cidade branca
– quando o ar imundo sobe nos céus pestilentos – o tempo e o espaço do
progresso morrem; espasmam-se nos dias de outros tempos…
há tantos mitos
na cidade branca!
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