sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Ética dos destroços

O tempo que avança, avança. Não com o crescimento, mas com a destruição. Tudo está feito para desaparecer o tempo é esse guloso sem fim.

Gonçalo M Tavares, E, 21.07.16

 

E pronto!

Concluindo os olhares – sempre apressados – sobre a cidade, sustentabilidade e os dias negros que por aí vêm, lembrei que Adolfo Luxúria Canibal, um senhor do ‘outro lado da Morreira’, com uma verve fabulosa – o senhor é ‘apenas’ o vocalista da banda que me persegue há anos e anos e da qual não sou capaz de me esconder.

Olhei num passado recente e encontrei palavras suas que preservo; pela sua acutilância e pela sua importância neste final de preocupações sobre o devir.

Sem mais delongas e olhando para a edição de 27 de setembro de 2019 do Ípsilon fiquei com estas duas ideias de Adolfo Luxúria Canibal:

Estamos quase no ponto de não retorno e isto não é alarmismo. Vamos ocupando o espaço, vamos competindo com as outras espécies e destruímo-las.

Não estamos perante a extinção do planeta, que continuará a existir seja lá como for, mas perante a extinção da nossa espécie.

Sem comentários:

Olhando a cidade V

Fizemos cidades muito hostis para as crianças. Sónia Lavadinho, consultora em mobilidade e desenvolvimento territorial, Visão , 24.11.14