Má sorte andar na vida

Não estamos no fim do mundo. Mas talvez um ciclo em que todos os elementos valessem o mesmo, em que o Homem não estivesse acima de nenhum deles.

Ana Deus, Ípsilon, 20.04.24

 

a noite está fria; quase gelada. ninguém circunda na rua. as luzes altas

agora são mais brilhantes e, dizem – sem o comprovar (para nos tentar convencer das suas opções menos quentes, mas cheias intenções intensas; politicamente) – mais amigas do ambiente

desenham fantasmas no nevoeiro noturno.

 

ao longe avista-se o movimento de dois vultos. caminham discretos e muito certinhos na minha direção

vamos cruzar-nos

a noite está fria; quase gelada. dois corpos serenos cruzam-se. e o frio morre na solidão da ausência de futuro

 

estou a estranhar o ambiente. não ouço vozes. não vejo ninguém. terei entrado no sítio errado? 

ambiente de absoluta decadência…

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