Foi em estado de felicidade que António Costa entregou a sua moção de estratégia ao Congresso do PS. Não é para menos: foi o maior vencedor do “congresso das direitas”.
Ana Sá Lopes, Público, 21.05.28
O mal e o bem à cara vêm, dizia o avô, olhando desconfiado para as asneiras que nos faziam correr no chão térreo onde arquivávamos os dias. Lembrei o avô ao olhar para o que o vocalista dos Blind Zero escreve no Jornal de Noticias (21.05.28): há uma fragância a obituário nos derradeiros momentos do MEL, congresso no qual – apesar da omissão ao “Ergue-te” (ex-PNR) – desfilaram as várias tendências da direita e da extrema-direita portuguesa.
E não tem razão
Miguel Guedes? Como, aliás, Pedro Santos Guerreiro (Expresso, 21.05.28): a convenção
do MEL mostrou que não há vento nem casamento e que a direita não tem ideia do
seu futuro, quanto mais do futuro do país.
Por que teria
sido?
Eles é que
sabem, mas o diretor do Público (21.05.29) resumiu muito bem
o que se terá passado: o debate sobre o futuro da direita caiu na
armadilha do vinil riscado: um determinado momento do tema, cai na repetição.
Pois é! José
Mendes (Diário de Noticias, 21.05.30) alinha pelo mesmo diapasão.
Repara nas suas palavras: a semana que hoje finda poderia ter sido o
canto do cisne da direita portuguesa. Mas não foi. O encontro do Movimento
Europa e Liberdade, também conhecido por Convenção das direitas, foi um rotundo
fracasso.
O mal e o bem à
cara vem, dizia o avô, olhando desconfiado para as asneiras que nos faziam
correr no chão térreo onde arquivávamos os dias. E a cinza do cigarro sem
filtro do avô ia caindo em magotes cinzentos, mostrava um cigarro sem
filtro que ia morrendo lentamente.
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