À procura de recordações


 

Uma linha sou e desenho

Com o meu corpo

In Inscrição, de Casimiro de Brito

 primeiro livro com poesia que (me) agarrou; publicado pela Tertúlia

 

Volto com muita regularidade a Casimiro de Brito e à sua viagem na vida do mestre. Por mil razões; por nenhuma em especial e porque – leio as palavras belas deste senhor da poesia no meu país há tantos anos, caramba! – adora esbarrar-me num silêncio súbito. Subitamente o silêncio, em maio de 1991.

Por aí, fiquei preso às palavras de Casimiro de Brito; ao seu olhar sobre o País dos calhaus – tão atual, não é? E agarrei a sua poesia definitivamente com na via do Mestre, numa edição na minha cidade: a da Pedra Formosa.

Um obrigado muito grande ao Carlos, ao Adelino, ao Firmino e ao Vasco.

Em suma, voltar a Casimiro de Brito não é só voltar (sempre) à poesia, é sentir com são inadiáveis os cavalos da morte.

Continuarei a ler Casimiro a poesia de Casimiro de Brito até ao fim – gosto do nome, pois claro!, chamo-me Casimiro e sou natural de Brito! Uma terra que já foi linda, mas que se perdeu no desejo estúpido de progresso – apressado; e sempre pronto a faturar de forma imobiliariamente agressiva.

Mas, sim, com Casimiro de Brito aprendi a amar a dimensão do corpo.

Por nada em especial, na verdade

Não fossem estas palavras:

Se não nada

Além do corpo

Onde principia o corpo?

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