A mentira
e a denegação são os dois recursos tradicionais do discurso politico.
António
Guerreiro, Ípsilon, 15.09.18
1. João Silvestre, na rubrica Altos e Baixos do Expresso (Economia) escreve
que António Costa (a descer), ao “cortar
1.000 milhões durante quatro anos em prestações sociais, é demasiado relevante
para não ser explicado antes das eleições”. Pois é, mas o senhor não sabe como explicar.
2. Ao ler estas palavras de João Silvestre vêm-me à cabeça
este maravilhoso naco de prosa de João Adelino de Faria (Dinheiro Vivo, 15.0919): “Novo
e arrojado em comunicação política seria, desta vez, ver um político a assumir
os erros e as omissões da sua família partidária”. Pois! E como sossegara, de seguida, todos os compadres, comadres, ajudantes de campo e transportadores de ilusões?
3. Pedro Santos Guerreiro (Expresso, 15.09.19) mata, de vez, e espera-se que definitivamente,
a falta de classe de Pedro Passos Coelho e António Costa. Olhe-se; mas com toda
a atenção, ou seja, olhe-se mesmo para esta afirmação: “diz-se a palavra plafonamento para
que não se perceba. Omite-se o buraco de 600 milhões para que não se
compreenda, PSD e PS não estão amnésicos. Usam analgésicos. O resto virá depois”.
4. Há quem, sendo o assunto Portugal, se lembre de Eça. É
natural, embora injusto para Camilo, prolífico retratista capaz de nos
descobrir os dotes mais solapados. Para quando o retrato dos ridículos delfins
de agora?, escreve Ana Cristina Leonardo a revista E, 15.09.19. O título – à espera do infante – é
fabuloso, cara Ana Cristina Leonardo!
5. Em
suma, quer seja o senhor Costa – que , ao
“cortar 1.000 milhões durante quatro anos em prestações sociais, é demasiado
relevante para não ser explicado antes das eleições” –, quer ser a falta de
classe de Pedro e António, é urgente o retrato dos ridículos delfins de agora. Ou não?
Ai
Portugal, Portugal!
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