terça-feira, 1 de setembro de 2015

Pior é impossível

O que nasce, então, traz consigo
esse nome: morte? Ou algo que cresce
no silêncio dos muros.
Nuno Júdice, in Bumerangue 1
foto: publico.pt
1. Ana Cristina Leonardo escreve (E, 15.08.29) clarinho, clarinho sobre a dura realidade que perpassa a Europa. Transcrevo uma afirmação: “eis senão quando aos que atravessam o Mediterrâneo para o lado de cá (aquele onde escrevo) se deixou de chamar ‘refugiados’ e se passou a chamar ‘migrantes’. Refugiado é uma palavra com conotação dramática evidente”.

2. Se dúvidas houvesse sobre estas palavras e, obviamente, sobre a violenta realidade que entrou na casa da velha senhora; sempre vaidosa, veja-se o editorial do semanário Expresso do último sábado – A União Europeia errou ao ajudar na queda de Kadhafi sem pensar no que se seguia na Líbia e ao deixar o caos instalar-se na Sérvia. Só quando as sucessivas vagas de migrantes e refugiados lhe bateram à porta é que acordou“.
Percebemos melhor para onde vai a tal senhora pomposamente vaidosa.

3. Ou seja, “o Ocidente ganhou milhares de milhões a explorar pobres e ignorou os pobres que acabaram explorados. E agora, quando eles nos batem à porta e nos morrem aos pés, os lideres europeus olham uns para os outros. Gastaram-se milhares de milhões em guerras que criaram calamidades, mas discutem-se tostões para ajudar as vítimas das bombas“ (Miguel Conde Coutinho, Jornal de Noticias, 15.08.29)

4. Pois é! John Weizierda (Banda Anon Diül II, E, 15.08.29), “as revoluções são sempre estúpidas e só servem para substituir um cretino por outro cretino".
Será assim tão descabida esta afirmação?

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