sábado, 12 de setembro de 2015

Coitado! Tão só

Qual de nós pode, voltando-se no caminho onde não há regresso, dizer que o seguiu como devia ter seguido?
Fernando Pessoa, in Livro do Desassossego
foto: noticiasaominuto.com
Há apenas 10 meses a discussão era se a maioria absoluta ou não. Como se chegou aqui?”, admira-se um antigo dirigente do PS, pode ler-se no texto O PS não quer acreditar que pode perder, que os jornalistas Bernardo Ferrão e Cristina Figueiredo assinam na edição da passada semana do semanário Expresso. É um texto que todos os portugueses deviam ler; mesmo aqueles que adoram atropelar quem sabe o que quer, pondo-se em bicos de pé para tentar perceberem onde estão e o que querem da vida – da vida; não o que pensam os seus potenciais eleitores.
 Também eu – cada vez mais distante de uma certa estupidez partidária –, manifesto a minha concordância com o dirigente socialista (antigo, não é?) citado pelo jornal Expresso. E com outra pergunta: há 10 meses a dinâmica demonstrada pelo PS – uma dinâmica fruto da ação de António José Seguro e da sua equipa; que ousou a maior vitória de sempre em autárquicas em Portugal e com a vitória na Europa –, estava assim tão errada?
Por agora o que me interessa mesmo é enaltecer o silêncio inteligente de António José Seguro. Será dele, como reserva moral tão será necessária e fundamental, não tarda muito, que Portugal vai precisar.

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