Por cá, a
política parece particularmente empenhada em cultivar a sua própria
insignificância. (…) Não se discutem propostas eleitorais uns por inabilidade
em as apresentar, outros porque fogem a discuti-las.
Afonso
Camões, editorial, Jornal de Noticias, 15.08.23
![]() |
foto: diariodigital.sapo.pt |
É o caso
do seu texto na edição (em papel) do semanário Expresso de ontem: “na travessia do deserto, durante 40 anos,
Moisés acenou com a Terra Prometida. Nunca a viu. Temo que esta nova religião
da Economia, dos gráficos, das estatísticas e dos números prometidos seja,
também, uma terra que jamais veremos em vida.”
Claro que
– pelo meio, pelas travessias violentas que vão desfazendo Portugal, Sandra
Monteiro (Le Monde diplomatique, agosto
2015) – “depois de retirar cada vez mais poder de compra aos atuais
pensionistas e de abandonar à lei da selva grande parte dos que excluiu da
proteção social (a começar por metade dos desempregados), a coligação no
Governo entende ser a altura de dizer o mínimo possível sobre os próximos
cortes a infligir aos pensionistas atuais” – sabe muito bem onde pôs o seu
dedo.
E não é
que o meu conterrâneo José Machado também!
Reparemos
nas palavras do cabeça de lista do PCTP/MRPP, na entrega da lista distrital de
Braga daquele partido: “É um crime que se está a cometer contra o futuro de
Portugal gastar milhões de euros no futuro dos nossos jovens, para os oferecer
de mão beijada aos outros países que os acolhem.”
Sem comentários:
Enviar um comentário