quinta-feira, 23 de julho de 2015

Casamento sem filhos

Há anos que a «rua» está a aburguesar-se. As urnas também.
Serge Halimi, le Monde diplomatique, junho de 2015
Eu sei, sempre soube, que a política é uma merda, quando se veste de obreiros de merda.
Eu sei, aprendi ainda muito novo, que a arte da política é nobre; muito nobre, mas só ao alcance de pessoas sérias, sadias.
Eu sei, a vida ensinou-me, que na política há, como noutros sítios ditos sacrossantos, piranhas terríveis que destroem tudo onde põem o dente.
Eu sei, hoje os sonhos já não são ilusões, que na vida politica (sendo certo que há gente muito séria), há muito filho-da-mãe que nunca soube o que é a vida.
Hoje, não tenho dúvidas, a arte da politica é só para quem (mesmo seguindo cartilhas que – dizem – estão perdidas no tempo) pega nos desejos e sonhos de mudança para fazer um mundo novo: é difícil, cada vez mais, mas é possível.

Agora mesmo, hoje e amanhã, estarei com estes. Por uma razão prática; muito simples: há políticos oportunistas que, saindo do chinelo de onde nunca tiraram o pé, são uma treta!
E não é que aqui mesmo, em Guimarães, nesta terra que deu uma pátria a um país que agoniza e se deixa amordaçar com tenazes admitidas pelos fracos, eles levam ainda fraldas?
Ah! Grande Eça de Queirós. Há uns merdas feitos candidatos ao vazio que vão matando o mundo que deveria ser de Políticos. Homens com horizontes.

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Olhando a cidade V

Fizemos cidades muito hostis para as crianças. Sónia Lavadinho, consultora em mobilidade e desenvolvimento territorial, Visão , 24.11.14