sábado, 9 de maio de 2015

Elegância bravia

Não te esqueças que a moda do umbigo inaugurou o novo milénio! Como se alguém, nessa data simbólica, tivesse levantado um estore que, durante séculos, o tivesse impedido de ver o essencial.
Milan Kundera, in A Festa da Insignificância

Na cidade de Vila Nova de Famalicão – aquele município dormitório do Porto e que, dizem os meios de comunicação local e regional perfeitamente à mão das vontades politicas que pagam favores (Ui!, onde é que já vi isto?), que é um “município amigo das pessoas” – há, nas ruas (na grande maioria delas), uma marca no chão, com cerca de um metro de largura (com muita visibilidade e uma bicicleta espetada a tinta branca de cinco em cinco metros) que, suponho, seja uma pista para bicicleta, mas coitadas!, deve ser impressão minha porque por ali elas não passam. Podiam, mas não circulam; por mais que o executivo que lidera o município que vive a pensar nas pessoas diga o contrário.
Numa destas manhãs até eu de carro tive dificuldades em circular numa rua que sobe até à estação ferroviária.
Se isto é uma ciclovia! Vou ali e já venho; de carro, porque de bicicleta não se passa e eu não tenho o dom dos milagres que afastam carros do sítios que não lhes pertencem. 

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