Não te
esqueças que a moda do umbigo inaugurou o novo milénio! Como se alguém, nessa
data simbólica, tivesse levantado um estore que, durante séculos, o tivesse
impedido de ver o essencial.
Milan
Kundera, in A Festa da Insignificância
Na cidade
de Vila Nova de Famalicão – aquele município dormitório do Porto e que, dizem
os meios de comunicação local e regional perfeitamente à mão das vontades
politicas que pagam favores (Ui!, onde é que já vi isto?), que é um “município
amigo das pessoas” – há, nas ruas (na grande maioria delas), uma marca no chão,
com cerca de um metro de largura (com muita visibilidade e uma bicicleta
espetada a tinta branca de cinco em cinco metros) que, suponho, seja uma pista
para bicicleta, mas coitadas!, deve ser impressão minha porque por ali elas não
passam. Podiam, mas não circulam; por mais que o executivo que lidera o município
que vive a pensar nas pessoas diga o contrário.
Numa destas
manhãs até eu de carro tive dificuldades em circular numa rua que sobe até à
estação ferroviária.
Se isto é
uma ciclovia! Vou ali e já venho; de carro, porque de bicicleta não se passa e
eu não tenho o dom dos milagres que afastam carros do sítios que não lhes pertencem.
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