terça-feira, 14 de abril de 2015

Colossal falhanço

As avós são presidentes da república e as mães primeiros-ministros.
Carmo Afonso, E, 15.04.11
1. Na sua habitual coluna semanal no Expresso, Pedro Santos Guerreiro é um fenómeno. De popularidade. De bem escrever. De antecipar o futuro. De dizer o que cada um de nós gostaria, mas não faz. Por falta de espaço; por medo das palavras ou simplesmente por causa disso; das palavras.
É obrigatório em Portugal, um país que ruma ao precipício e que de lá não sairá tão cedo, ler o jornalista que transitou de antigo diretor do Jornal de Negócios.
No último sábado Santos Guerreiro mata, de vez, o futuro do PS. Por isso, também, é obrigatório lê-lo. Vamos então devagarinho.

2. “Foi o PS que matou Sampaio da Nóvoa”, começa por escrever Pedro Santos Guerreiro. Para de seguida, e muito bem e com muita classe, não mostrar medo das palavras: “o problema não é haver Nóvoa e não haver Guterres, o problema é o PS”.
Que mais se poderá dizer? Por mim, assino por baixo, lamentando a estapafúrdia estratégia do senhor António Costa.

3. Então o PS vai morrer?
Não, não vai!, mas matará quem o quer matar.
Depois das próximas eleições – até lá confirmaremos como António Costa não só não presta, como é um político saído das punhaladas de quem mata por dentro para dizer que existe e nem sabe porque existe –, o PS em Portugal será aquilo que foi, mas já não é. Infelizmente!

4. Pedindo desculpa por esta derivação (no ponto 3.) importa voltar ao texto de Pedro Santos Guerreiro: “quando toda a gente de fora podia estar a olhar para a subida do desemprego e toda a gente de dentro poderia amolar facas para a sucessão, é para o PS que se olha e do PS que se fala – do que o PS faz e como o PS se desfaz”.

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Fizemos cidades muito hostis para as crianças. Sónia Lavadinho, consultora em mobilidade e desenvolvimento territorial, Visão , 24.11.14