Uma mão
cheia de dor perde-se para lá da colina
Ingeborg
Bachmann, in O Tempo Aprazado
1. Pedro
Santos Guerreiro, na sua coluna semanal do Expresso, tem sempre textos
saborosos e fabulosos sobre a realidade portuguesa; análises extraordinárias de
onde sobressaem as dores que vão matando (lenta e dolorosamente) o país e os
portugueses.
Na última
semana o que nos trouxe foi a realidade do PS; uma desoladora realidade no seu
entender. É que, nos dias que correm, “o problema de António Costa não é escorregar
numa frase em frente de chineses nem ter Sócrates preso. É não saber o que
fazer ao país”.
Caramba!
Terá sido para esta indefinição que Costa fez o que fez a Seguro, há uns
tempitos atrás?
2. No mesmo
semanário e na habitual rubrica Altos e Baixos, Pedro Lima coloca o
atual líder do PS – caramba! Que terá o semanário dirigido pelo irmão do líder
do PS contra o líder do PS? – em descida por António Costa, apesar de “bem se
esforçar para apresentar Portugal como exemplo do falhanço de políticas de
austeridade”, ter dado na semana anterior “um tiro no pé” ao dizer que
«Portugal está “diferente”, dando a entender que está melhor».
O quê
Portugal está melhor? Ó diabo! Seria boa ideia o presidente de câmara de Lisboa
percorrer o país e tentar perceber que os portugueses que sofrem não têm carros
que (já) possam entrar em Lisboa.
3. As
últimas sondagens colocam o PS, de António Costa, à beira do fim; apesar de
parecer um partido vencedor.
4. Os
portugueses que se sentem (a cada dia que passa e a cada aumento de dores)
enganados acreditarão que a entrevista de Pedro Passos Coelho no Expresso se fala verdade quando se admite um Bloco Central?
Outras
mudanças começaram por menos!
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