quinta-feira, 5 de março de 2015

Passemos para onde não devíamos ter saído

Uma mão cheia de dor perde-se para lá da colina
Ingeborg Bachmann, in O Tempo Aprazado
1. Pedro Santos Guerreiro, na sua coluna semanal do Expresso, tem sempre textos saborosos e fabulosos sobre a realidade portuguesa; análises extraordinárias de onde sobressaem as dores que vão matando (lenta e dolorosamente) o país e os portugueses.
Na última semana o que nos trouxe foi a realidade do PS; uma desoladora realidade no seu entender. É que, nos dias que correm, “o problema de António Costa não é escorregar numa frase em frente de chineses nem ter Sócrates preso. É não saber o que fazer ao país”.
Caramba! Terá sido para esta indefinição que Costa fez o que fez a Seguro, há uns tempitos atrás?

2. No mesmo semanário e na habitual rubrica Altos e Baixos, Pedro Lima coloca o atual líder do PS – caramba! Que terá o semanário dirigido pelo irmão do líder do PS contra o líder do PS? – em descida por António Costa, apesar de “bem se esforçar para apresentar Portugal como exemplo do falhanço de políticas de austeridade”, ter dado na semana anterior “um tiro no pé” ao dizer que «Portugal está “diferente”, dando a entender que está melhor».
O quê Portugal está melhor? Ó diabo! Seria boa ideia o presidente de câmara de Lisboa percorrer o país e tentar perceber que os portugueses que sofrem não têm carros que (já) possam entrar em Lisboa.

3. As últimas sondagens colocam o PS, de António Costa, à beira do fim; apesar de parecer um partido vencedor.

4. Os portugueses que se sentem (a cada dia que passa e a cada aumento de dores) enganados acreditarão que a entrevista de Pedro Passos Coelho no Expresso se fala verdade quando se admite um Bloco Central?

Outras mudanças começaram por menos!

Sem comentários:

a cidade e o devir II

  Foto arquivo Não é difícil perceber que em alguns locais das cidades, o espaço público ocupado por carros parados (em estacionamento), ou ...