É necessário instalar o inimigo na tua melhor poltrona.
Gonçalo M. Tavares, in animalescos
Desde que me habituei a olhar para o que me rodeia, isto é, o que faz sofrer ou ficar feliz, há um nome incontornável nos meus olhares: Mário de Oliveira. A primeira vez que ouvi falar do senhor ainda vivia imbuído de uma certa carga colegial; momento solene em que deixou para trás o lado “enclausurado” da vida, momento solene que me provocou imensos desafios. Um deles era saber quem era esse tal de “padre Mário, o comunista” que agitava a igreja católica portuguesa, a partir da Lixa; aqui mesmo ao lado.
Obviamente a curiosidade daqueles verdes anos ia muito para além da realidade teológica-qualquer-coisa-com-que-se-sai-do-seminário. Ouvi, li e aprendi a respeitar Mário de Oliveira.
E respeito-o tanto que ainda hoje – tantos anos depois de seguir outros caminhos – sigo religiosamente o que escreve. Dá tanto prazer! Faz crescer. Alimenta as raízes interiores e avisa sempre: não podemos dormir na direção do altar da crucificação!
Pronto! Já chega. Reproduzo uma parte da sua crónica 165, de 15.03.18:
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