sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Desalento dos dias mais frios

António recebe o Rendimento Social de Inserção (RSI). A renda que tem para pagar leva o RSI quase todo.
Leonor (nome fictício), tem 16 meses e está sentada no seu carrinho de bebé. Bate palmas e ri-se, fala muito no seu dialecto próprio.
Manel (nome fictício) (…) um ano a trabalhar como jardineiro, com garantias, promessas, mas sem rendimento fixo.
foto: rr.sapo.pt
Podia continuar a ler o excelente trabalho “tive fome e deste-me de comer”, publicado no suplemento do Diário do Minho, Igreja Viva, mas não. Dói-me demasiado a alma. 
Assusta-me tudo o que possa dizer ou escrever a seguir.

Sei que tudo, mas tudo o que se passa e que a reportagem relata, se passa, “poucos minutos das 19H00” “no centro de Braga” num “local com pouca iluminação” e onde “alguns vultos deambulam impacientemente”.
Sei também que tudo isto acontece em Braga onde um todo-poderoso Rui Barreira se vai esquecendo da sua pertença a um catolicismo que denuncia esta realidade. Como devoto deveria saber de cor o que um tal de Mateus escreveu (Mt, 25, 35).
E sei que tudo isto acontece onde o responsável máximo da Segurança Social vai fazendo tudo para mandar para casa pessoas que tiveram uma vida de labor intocável.

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