sábado, 29 de novembro de 2014

Captar o presente

O mundo humano quis introduzir, é certo, um certo lirismo em certas equações, mas o que sucedeu foi o inverso: o lirismo como que ganhou o vício da contabilidade: quanto sofri?
Gonçalo M. Tavares, Noticias Magazine, 14.11.23
foto: ladislauleal.com.br
Na mensagem que o papa Francisco deixou na sede da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Roma, destaco duas afirmações no meio de um excelente discurso. Os dois perfeitamente atuais, mas com leituras muito para além dos dias.

A primeira – «numa sociedade individualista e submetida às lógicas do mercado perde-se a solidariedade e as consequências são para todos, até para a “nossa irmã e mãe terra”» – não deixa dúvidas. Aquilo que era (só) do domínio de uma forma diferente de olhar os dias, serve todas as religiões, partidos, formas de governação; seja em que parte do mundo for.

Seria interessante que o responsável máximo da Segurança Social em Braga, Rui Barreira, lesse, pensasse e agisse com base nesta afirmação do máximo responsável do catolicismo: 
"o faminto está ali, na esquina da estrada, e pede direito de cidadania, pede para ser considerado na sua condição, para receber uma alimentação de base sadia”.

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