Quem nos bate nas costas de manhã com um sorriso rasgado na boca e com os olhos distantes, mas que, à noite, nos apunhá-la com o mesmo sorriso rasgado e olhar distante, é o quê?
Um hipócrita feito vendedor de templos?
Um anjinho a quem as asas caem ao primeiro sopro da realidade?
Um malandreco que vende a mãe na primeira alteração da cotação do mercado?
Quem nos tenta iludir, feito dono da bondade, não é um ser humano; muito menos um Homem, é uma desilusão.
Pode ser só uma desilusão à portuguesa, mas é.
Há outra definição muito mais clássica: é alguém vestido de fragilidades que se diz capaz de ser futuro.
Amanhã já o calor da ilusão está subjugado ao gelo das promessas pro cumprir. Amanhã, quem será capaz de se manter de pé?
Sem comentários:
Enviar um comentário