Na minha idade vive-se numa zona crepuscular que recusa a distância da morte, a saudade reúne os fantasmas e os de carne e osso.Júlio Machado Vaz, Jornal de Noticias, 21.05.09
Há coisas lindas
que só se veem à noite; pelo silêncio!
Talvez o frio
seja claro!
Ou a solidão do
olhar.
Sabes que pelos dias
de isolamento andar na rua foi coisa horrível; frio...
É! E olhar os
sítios habituais e não poder frui-los?
A vantagem dos
diretos na internet é que passas rapidamente de um espetáculo para outro sem
que ninguém se aperceba e tu ficas feliz por esse saltitar.
O que é que isso
tem a ver com o frio?
Então não tem? Quem
foi capaz de se emocionar com a morte; em alguns instantes com números em espiral…
Já entendo. E
deixa-me perguntar: e o isolamento com que se construiu uma imensidão de dias fez-nos
perder tanta lucidez?
Então as coisas
lindas que só se veem à noite; pelo silêncio e no silêncio das ausências
tornam-se bestseller (com todo o respeito pelos livros, obviamente) dos olhares
que permanecem para além dos diretos?
Sem dúvida!, mesmo
que, uma ou outra vez, se fique pelo efémero das palavras agressivas…
…. Mas não
estamos a falar dos dias duros que – felizmente – se vão desfazendo?
Sim, claro!, mas
sabes?, os dias que ainda andam agitados com outros diretos poem-me nervoso.
Gosto estranho! Não
estamos no mesmo patamar dos que recusam a distância da morte?
Sei lá! Sempre odiei
o que não existe e que alguns tudo fazem para nos pespegar que são deuses, fantasmas
ou marionetas de sombras manipuladas por quem está sempre do detrás dos espetáculos
que passam em direto na internet.
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