sábado, 25 de setembro de 2021

Exemplar mau gosto *


Nos próximos anos os políticos vão ser obrigados, pelo crescer da crise climática, a procurar, pelo lado da legislação e da taxação, a alterar hábitos prejudiciais ao meio ambiente e castigar os mais poluentes.

David Pontes, editorial, Público, 21.08.27

 

Os finais de campanhas eleitorais em Guimarães (não duvido que em todo o território português) ainda se fazem, infelizmente, em caravanas automóveis. Vi e ouvi isso na noite passada. Tendo, inclusive, que interromper o meu sossego; a minha leitura. Ou seja, os finais de campanhas eleitorais em Guimarães são uma coisa terceiro-mundista.

São caravanas duplamente poluentes: no ruído e nas emissões gasosas para a atmosfera. Coisa que os senhores candidatos a qualquer coisa em que o bem comunitário não passa de uma balela cacofónica costumam cantar como bandeiras suas. Isto é, apresentam programas eleitorais bem impressos a cores vistosas com zero de preocupações ambientais.

Que treta!

Nós por cá já sofremos os efeitos destruidores das alterações climáticas. E o exemplo destas caravanas barulhentas em final de campanha são a coruja das nossas aldeias que anunciavam a morte.

Daí que importe perguntar: que políticos no decurso da última campanha fizeram algo de extraordinariamente positivo pelo Planeta?

Por favor, senhores candidatos a políticos de aldeia ou de trazer por casa mandem as vossas fragilidades às malvas e pensem no fim; onde todos nós – e também vós – teremos um fim caótico. 

Ah! Vi um autocarro branco com as cores de um partido concorrente em Guimarães que, pelo que me pareceu, transportava os seus candidatos pelo território vimaranense. Se foi uma prática de campanha, só resta agradecer os imensos quilos de dióxido de carbono que não foram enviados para a atmosfera.

Acredito que outros o tenham feito, mas na verdade, só vi um autocarro que se cruzou com a minha corrida de final de tarde.

 

* perigoso jogo de massacre

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Olhando a cidade V

Fizemos cidades muito hostis para as crianças. Sónia Lavadinho, consultora em mobilidade e desenvolvimento territorial, Visão , 24.11.14