quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Desobediência ao instalado

Não desprezo os homens. Se o fizesse, não teria direito algum nem razão alguma para tentar governá-los.
Marguerite Yourcenar, in Memórias de Adriano
 A quinta edição do Guimarães noc noc, com 65 espaços espalhados pelo burgo afonsino, foi um sucesso, dizem-me. Acredito.
Confessando que não vi todos os espaços ou pontos – terei ficado um pouco acima da metade – não tenho dúvidas em dizer que, do que vi, havia coisas excelentes. Gostei; muito.
Na Plataforma das Artes – o ponto 65 – estava instalada uma “contabilidade criativa”, de Rui Silva e Samuel Silva, extraordinária (Foto). Tinha um defeito (para os dias apressados que queremos): obrigava a pensar; mesmo sorrindo. E isso, hoje em dia, não é recomendável; para alguns, claro!
E no Tribunal da Relação, o “imaginário fantástico” (com esculturas de Paula Teixeira) mostrou diferença e disse estar muito além; pela qualidade e pela provocação.
Ah! No Círculo de Arte e Recreio – apesar da imensa nuvem de fumo (porra!, já não entrava num espaço tão tabágico há que tempos) – estava uma “Guimarães 2020 Futuro Anteontem”, uma tremenda provocação de AXPZO! Que coisa bela e inteligente! Devia estar (em permanência) nos locais vimaranenses onde se diz que o futuro é já amanhã. Sim, em Guimarães.

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