Mas em
Lisboa dirá o guarda-livros a el-rei, saiba vossa majestade que na inauguração
do Convento de Mafra se gastaram, números redondos, duzentos mil cruzados, e
el-rei respondeu. Põe na conta, disse-o porque ainda estamos no princípio da
obra, um dia virá em que queremos saber.
José
Saramago, in Memorial do Convento
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| foto: rtp.pt |
Perco,
então, o fio ao meu silêncio ao ler que “o
melhor ano de sempre” do Theatro
Circo, em Braga, acontece devido “à qualidade de programação, à gestão do
espaço e à adesão do público”.
Porra!,
que se passa? Por Guimarães, claro.
Sim, sei
que vem aí por, por exemplo, o Manta – que duas grandes malhas! –,
mas fico com uma tremenda dor de cotovelo ao ler que “Festival indie reforça centenário do Theatro”.
OK, por
Guimarães não há centenários, mas isso não faz diminuir a dor que sinto.
Nota de
rodapé: há títulos jornalísticos que me enfurecem. Palavra! Reparemos neste (Correio do Minho, 15.07.25): Guimarães quer
ser cidade europeia da cultura.
Devo andar
distraído; não o entendo.
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