domingo, 19 de julho de 2015

Humilde melómano me confesso

Se um corpo toca o vento, há uma página
do mundo por dizer.
Firmino Mendes, in Bumerangue 1
Sim!; sei bem que (já) não tenho cabelos compridos; nem uma faixa à volta da cabeça.
Agora sem brincar, não me surpreendi nada com o estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, que diz que o heavy metal “pode reduzir o stress, alimentar sensações positivas e regular a tristeza e a raiva”. Não só me surpreende como, ao meu jeito narcísico, confirmo esta realidade.
Bem, isso não quer dizer que esteja de acordo com a psicóloga Genevieve Dingle que diz que o efeito do heavy metal pode ser tão calmante como um abraço. Eh pá! Há abraços tão suaves; tão ternos e tão discretos…
Não é por não acreditar na senhora; é que criei um terrível hábito quando vou às assembleias municipais de Guimarães: chego a casa e só ouço este género musical. Depois durmo tão bem! Tão sossegado que me esqueço da fraqueza, fragilidade e pequenez com que se tratam as coisas belas da vida. Cá pela terra onde há tantas páginas vazias.
Ah! Meu caro amigo Firmino, há tantas páginas por dizer, não há? Eu sei que tu sabes que já nada é como foi.

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Olhando a cidade V

Fizemos cidades muito hostis para as crianças. Sónia Lavadinho, consultora em mobilidade e desenvolvimento territorial, Visão , 24.11.14