quarta-feira, 3 de junho de 2015

Já chega de ficar tanto tempo em silêncio

Os cidadãos, com cadeias de chumbo os habitantes dos
subúrbios
caminham pesadamente; os das aldeias têm os ossos moles e torcidos
William Blake, in A águia e a toupeira
foto: Youssef Boudlal/REUTERS (in Público)
Por instantes deixo de ouvir Patrick Watson e o seu Adventures in Your Own Backyard. Sinal de que o que vou lendo me causa um baque na solidez de ideia de que de pode ouvir música e continuar a ler.
Nem sempre é assim!
Neste caso a ‘culpa’ é da jornalista Alexandra Lucas Coelho.
Começo a ler, devagarinho, a extraordinária peça O lugar sagrado dos yazidis sobrevive àguerra do “Estado Islâmico (Público, 15.05.29) – reportagens que continuarão até domingo –, e a música de Patrick Watson evapora-se na concentração das palavras. E fico mergulhado nas palavras da jornalista do Público.
Mergulho mais.
Nem quero saber se é “quase o oeste selvagem, a paisagem, longa reta, montanha ao fundo”, ou o sítio onde terá poisado a arca de Noé", o que me prende mesmo é saber como a estupidez humana é capaz de destruir a beleza humana. Sim! Sei que o resto das reportagens sobre este pedaço fundamental da Humanidade dirão muito mais. Por mim, que já vou escutando Adventures in Your Own Backyard de novo, só me fica o desejo profundo de sobrevivência da Humanidade.

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