1. Na
política – ao contrário d(e certas)as religiões, onde as celebrações são para todos até
(principalmente) para os neófitos –, só os ‘eleitos’ (ou indicados com o dedo
do momento, da moda televisiva ou de quem aguenta a centralidade da cadeira)
são convidados. Dali, daquele sagrado grupo, quase suprassumo do domínio
inconsciente das luzes que afogam na noite dos domínios desconhecidos das
pessoas, sai sempre o mapa dos eleitos! E os eleitos já o eram antes de serem.
Tal e qual como as descidas em línguas de fogo de outros tempos.
O que varia
na política dos dias que correm é o celebrante, muito embora (também) nas
religiões os sacerdotes voem muito depressa. Só, às vezes – porque dá jeito;
assim tipo paraquedistas ou peregrinações ao alto dos montes com santuário –,
vem um líder que faz a diferença. Infelizmente, muitas vezes para iludir os
espantos momentâneos do tempo! Ou o seu representante muito próximo. Dizem até
que ‘digno representante’.
2. Às outras
vozes só quero abrir portas.
Ah! Perdão!
Só quem abre portas (ou serve de porteiro ao líder) é convidado para guardar o
código de acesso…
O segredo,
sabes, está nos conteúdos…
O quê?
Estava,
apenas, a pensar, em voz muito alta, na forma como nem pensamos nos limites entre
a política e a religião.
Eu sei! Há
limites. Mas quem está no altar da celebração vê o fundo da sala? São tão
distantes os seus olhares!
Sem comentários:
Enviar um comentário