Quanto mais
misturas o café
com o
açúcar mais ele te sabe a amargo.
Ruy
Cinatti, in Antiguidades burlesco-sentimentais
Os
partidos não param de se afirmar como sociedades fechadas. Assim, não conseguirão
conquistar novas simpatias; novas adesões. Não admira que cada vez mais pessoas
lhes virem as costas, cada vez mais cidadãos não se revejam naquelas caixas-de-ressonância com ecos estranhos…
Exagero!
Pergunte-se
a um qualquer militante dos grandes partidos se é tido ou achado nas escolhas dos
seus representantes nas decisões magnas partidárias. Ou na elaboração da lista
daqueles que representam os cidadãos do seu circulo eleitoral. Ou na elaboração
das listas aos órgãos autárquicos.
Calma!
Assim ainda perdes o fôlego! Os partidos não se fazem de militantes, mesmo que estes
sejam o coração e o sangue circulante?
O que
vemos é uma máquina trituradora que esmaga escolhas; pessoas que pensam, principalmente
ideias a esbarrem na vaidade que (dizem) define politicas
Como estás
a exagerar!
Nem
penses! Como andas distraído…
Pronto! Os
tempos são duros; complicados (só para alguns), mesmo sendo tempos que cruzam
todos; militantes ou não.
Que tal
darmos a palavra ao padre António Vieira? “como hão de ser as palavras? Como
as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras”.
Ou seja,
seguindo a ideia de António Vieira, os partidos são feitos de estrelas, muito
distantes?
E não é? Por
isso não ouvem e não conhecem os seus militantes, quem lhes dá a vida de que
precisam para sobreviver.
Por isso,
as lideranças se fecham em conventos ou hotéis. Onde se paga para entrar ou
exige identificação junto de seguranças Quando os partidos viverem só com estrelas
têm o seu universo será tremendo.
Achas? Não
olhas mesmo para o que te rodeia.
É por
olhar que estou a sofrer…
Sem comentários:
Enviar um comentário