sábado, 6 de dezembro de 2014

Há dias frios

Num estado laico como é o português sou incapaz de perceber por que carga de água tantas santas casas que, dizem, fazem misericórdia onde o estado devia fazer o que é sua obrigação, veem crescer a crista do seu domínio sobre as dores dos dias. Ah! dizem-me que há cada vez mais misericórdias que vendem serviços baratos – explorando quem nelas se empenha – a um estado que explora, mortifica e mata em nome de uma certa forma de disciplinar o dito.
Que horror!
Será que são estas misericórdias que, a seguir, virão explorar os albergues?
Afinal as peregrinações estão cada vez mais nas ruas da salvação das pessoas que, depois de pintarem as pernas na lama atirada pelos destruidores do estado social, se apressam, de seguida, em vir apregoar aos sete ventos: na noite há variações; uma oportunidade para ligar corpos e almas.

Sem comentários:

Olhando a cidade VI

  Se pusessem bancos e árvores junto a um supermercado de bairro, ele transformar-se-ia num s ítio interessante . Sónia Lavadinho, consulto...