Tanta gente já andou à procura da alma em Lisboa! E anda! E vão andar!
Alexandre O’Neiill, in Uma coisa em forma de assim
Conversa “tipo café”, ali no Toural, centro nevrálgico da vaidade vimaranense e da ausência de rostos – quase sempre mascarados de dirigentes ganhadores, mas evasivos como a hora da morte.
– Tenho que me sentir chateado comigo por estar em total desacordo com aqueles que teimam em enganar-me? Era o que faltava eu continuar a fazer de parte destes senhores que só olham para o trampolim que os catapulta para além de nós!
– A politica não é a arte da fuga; antes a arte do possível, ou seja da harmonia, sabes? E um líder forte antecipa o impossível. Mesmo que pareça muitas vezes para além das utopias escondidas no futuro
(a alegria de viver a liberdade é fundamental e é urgente)
– Mas a cidade está calma; engolindo em seco as ilusões que lhe vendem os simuladores de coisas parvas vestidas em promessas vás; é certo
– Sabes que conheci hoje uma palavra enorme: mentirologia…
– Mentirologia?
– Sim, a mentira sistemática, organizada. Como estava a dizer, terei que me zangar comigo por estar sempre a adiar e a chutar para canto quem teima em enganar-me…
– Vamos lá tomar o nosso cafezito?
– Vamos…
(a alegria de viver a liberdade é fundamental e é urgente)
Sem comentários:
Enviar um comentário