domingo, 11 de maio de 2014

Não vamos com os nossos olhos

Andamento 1
Martirizados que estamos – cada vez mais – pelo silêncio e a distância apressada dos comandos das nossas vidas nem nos damos conta que eles

              (os que agora se sentem dominadores; esquecendo a tristeza e a tacanhez das suas miseráveis existências)

andam por aí. Estão em todo o lado. Batem com a cabeça tantas e tantas vezes que a dor já nada lhes diz. Percebe-se

      (esquecendo a tristeza e a tacanhez das suas miseráveis existências)

que não percebem por que berram; berram muito. Gesticulam. Para acalmar a ânsia descontrolada de tudo querer fazer; ainda que a tripa-forra nem sequer seja o seu maior desejo?

(apagam sempre a tacanhez triste das suas existências miseráveis)

Andamento 2
Enquanto se espera uma novidade boa que faça de Guimarães uma cidade verde, eis-nos com cada vez mais poluição dentro de portas.
Tantos carros por sítios tão belos!

(ontem no jardim mais central, nas alamedas; hoje nas praças mais encantadoras. Apaga-se a beleza urbana e a conquista do futuro na tacanhez de miseráveis decisões)

Continuamos - que bom! - incentivando silêncios, distanciamentos e que se lixe!
Amanhã já não vemos!

Epílogo
Continuamos – que bom! – incentivando silêncios, distanciamentos e que se lixe!

1 comentário:

casimirosilva disse...

Por via das dúvidas que me chegaram: sim, esta foto foi tirada na noite do rali de Guimarães.

Olhando a cidade VI

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