domingo, 13 de abril de 2014

Grande desencanto

1. Há criadores escondidos por todo o lado. Uns, prontinhos a entrar na fila da esperança da salvação, outros, quase companhia certa de um desafio simples: adoro ser eu. Vaidosos, indiferentes; feitos heróis da salvação.


2. Um político é como um religioso; nunca mente. Alguns (políticos e lideres religiosos) prometem. Apenas prometem. Nunca falham! Uns, nunca teremos a certeza – porque vivem sempre no reino do etéreo – põe-nos na mão a cidade eterna, onde a vida deve ser uma chatice porque nunca mais acaba. Outros, sabemos sempre porque o sentimos na pele, são nossos guias para melhores dias. Mesmo que estejam, também eles, a aprender como se rege essa coisa.


3. Uns e outros nunca nos dão a mão. Pelo menos quando precisamos estão sempre muito ocupados; com balanças e balanços. Uns e outros acabam, afinal, por nos dar um paraíso desencantado. Uns e outros põe-nos na mão (sempre) uma rua deserta; fria, distante. O mal é que todos nós somos cada vez mais seres incapazes de nos adaptarmos às realidades da criação. Que “parvos que somos”! Coitados!

4. Até que a morte nos mostre a tal eternidade que nos porá nas mãos a peça que faltava à nossa vontade de não alimentar vazios, ódios e incertezas, fica-se com a sensação de que vale, apesar de tudo, a pena acreditar nos políticos. Sempre são mais objetivos. Apesar das falhas. Humanas, pois claro!

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