domingo, 30 de março de 2014

Um deus que se diverte

Pois pode pensar-se que não exista algo de tal modo que não possa pensar-se que não exista.
Anselmo de Cantuária, in Proslogion


No próximo ano de 2060 não estarei por cá. Assumido. Nem quero estar. De forma alguma!
Passos, Portas e Gaspar também não. Mas um pedacito de portugueses – muito pequeno; muito pequeno mesmo – estará. Infelizmente. Para sofrer; penar violentamente.
A culpa das tremendas dores que por cá andarão é dos senhores que, com o prazer da espinha vergada a veementes interesses destruidores, deixou que a redução/diminuição/destruição dos portugueses seja o fim. O nosso fim coletivo.

(Um parênteses para dizer que na mesma semana em que o violento murro no estômago nos disse que Portugal está a definhar; sem habitantes, um jornalista a televisão pública resolveu alterar regras de entendimento com um dos comentadores habituais da estação para despejar fortes doses de fel sobre os olhares e espanto do dito; em direção aos impávidos espetadores).

Nunca saberemos a razão desta inversão de regras, mas torna-se óbvio que a fealdade nunca foi companhia de futuro. A não ser que ela seja o fiel alimento dos matadores do FMI e seus pares europeus que, a muito curto prazo, poderão gozar férias sozinhos por este espaço à beira-mar que já foi uma grande nação. A nossa.
E isso causa tanta dor!

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