quinta-feira, 20 de março de 2014

Há sempre alguém que puxa por nós

Um bom gestor de uma empresa está sempre a tentar renegociar as suas dívidas. Mas o mesmo não serve para o país.
Ricardo Reis, dinheiro vivo, 14.03.15

Agitou-se o país. Até os super entendidos em coisa nenhuma vieram para a ribalta – quase sempre em hora do café depois do jantar – falar em coisas profundas que só eles entendem. Saídas das profundezas de uma alma cega. Ou da obscuridade de um umbigo partidário.
Mas, como escreve Manuel Carvalho da Silva (Jornal de Noticias, 14.03.15) o Manifesto pela restruturação da dívida já valeu muito pela agitação que desencadeou no pântano das inevitabilidades. Agita-se Passos Coelho e seus ministros, agitam-se os Catrogas, agitam-se candidatos da Direita ao Parlamento Europeu, agita-se a Comissão Europeia e até se agita o funcionário do FMI que esteve na troika há poucos meses.

Quando assim é, algo está a mudar na mentalidade bem pensante! Nos dias que ferem e matam cada vez mais. Por isso, manda o bom senso que se olhe para o tal documento dos setenta portugueses que resolveram mostrar que nem tudo é um caos que “um Manifesto de oito páginas não é, nem pretende ser, um programa de Governo. Foi um exercício minimalista e inteligente de sintonização de alguns ideais transversais aos mais diversos setores da sociedade portuguesa e de explicitação de graves preocupações amplamente reconhecidas e partilhadas” (Pedro Bacelar de Vasconcelos, Jornal de Noticias, 14.03.15)

Por que será que mais pessoas, pensantes, claro!, com obra publicada e referências para além das saias da Alemanha, vêm a público dar razão ao Manifesto que 74 portugueses tornaram público?

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