os carros. a chuva. a ausência do silêncio
uma orquestra do outro lado da rua. pálida. vazia.
sons tristíssimos! a noite.
os carros passam. a chuva apaga-se. o silêncio
desfaz-se. a noite embebeda-se
os carros, as vozes, os violinos, a noite, os carros. a
rua vazia
sons vazios; distantes!
na noite
uma harpa toca sob as mãos do maestro
os carros param. vozes belas! carros lindos
mulheres belíssimas. que coro!
não há anjos!
se estivessem por aí fundiam os carros
a chuva; as mãos
do maestro e as vozes das mulheres belas.
já não há foguetes. nem carros. só silêncio
que bom! a minha casa; o teu sorriso.
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