segunda-feira, 25 de novembro de 2013

elogio da soberba

desde que me mataste
continuo empregado de mesa; é o meu lado
selvagem
que apagava a luz da tua vaidade
no olhar; se calhar tudo começa
na dificuldade em alcançar a disciplina
das ilusões!

desde que me mataste
continuo empregado de mesa; lugar onde se vê
tudo: olhares impacientes; ausência de uma tradição
de palavras; misterioso roubo do cartaz
que nos promovia.
lado selvagem

a entrar no teu olhar; percorrendo
pedaços ténues do universo; num ritual que não sei
quem é – e o que é – uma entrada que se abre
a cada instante? desde que me mataste
continuo empregado de mesa. no insosso
espaço – temos de condensar o tempo
e caminhar com o fado que abraçaste!
no imenso espaço

alcançarei o bastante? nem tudo
o que luz é ouro no insípido espaço. desde que me mataste
continuo pronto a servir-te. na mesa

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