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São horas de matar?

foto: publico.pt
A propósito do último disco da banda bracarense Mão Morta, para mim um dos melhores discos daquele coletivo, Adolfo Luxúria Canibal, o vocalista sempre de olho no que o rodeia, desdobrou-se em entrevistas no penúltimo fim-de-semana. Recordo as suas palavras, em dois meios de referência na cultura em Portugal.

Numa sociedade em que o desemprego é galopante, o medo imediato de qualquer assalariado é o de perder o emprego. Os portugueses não se afrontam porque têm medo – achamos que ficamos a perder se afrontarmos.” revista atual (14.05.23)
Parece que o nosso momento presente não é um momento de democracia representativa, mas um momento de primavera marcelista”.
A democracia portuguesa está ferida de morte, porque não tem mecanismos que a salvaguardem. Quando temos eleições que, chegando ao poder, desrespeitam completamente o mandato com que se propuseram governar e para o qual foram eleitos”.
Ípsilon (14.05.23)

Comentários?
Apenas continuar a ouvir com toda a atenção (se as dores que matam o país o deixarem) o “pelo meu relógio são horas de matar”.

Nota de rodapé: E o vídeo que promove o disco? Que trabalho todo à vimaranense! E o semanário Expresso ousou colocá-lo na descida? Não nos conhece. A nós vimaranenses que adoramos criação, aos bracarenses que tocam melhor do que nós, e aos minhotos que morrem em cada fechar de portas de um tal vimaranense que só está bem a fechar todas as torneiras. Cá no minho, vejam bem!

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