sábado, 13 de junho de 2015

Homem de afetos

Encontro-me aqui
neste lugar óbvio
para alguém
Marta Duque Vaz, in Aclive
foto: observador.pt
1. Miguel Laranjeiro, os vimaranenses – todos os vimaranenses, mesmo os que militam (ou simpatizam) noutros partidos –, o sabem, é um cidadão vimaranense; também um político que ama Guimarães. Uma pessoa que respira e vive, de muito perto, as realidades de todos aqueles que residem num distrito que precisa – como pão para a boca –, de quem os defenda no areópago onde tudo se decide em Portugal.
Miguel Laranjeiro, pela grande experiência parlamentar que tem, é uma enorme mais-valia para Guimarães; que os vimaranenses não podem ignorar. Nem ignoram.

2. Talvez por isso, Eliseu Sampaio, diretor da mais Guimarães, tenha decidido conversar com o deputado socialista, publicando essa conversa na edição de junho 2015.

3. Desse diálogo interessante, vinco três ideias que considero a marca e a identidade de Miguel Laranjeiro.
A primeira: “faz-me mais impressão que os jovens que ainda estão no sistema de ensino, a única coisa em que pensam, porque o país não lhes dá oportunidade, é em sair”, é bem o olhar do Miguel Laranjeiro. Por isso, afirma: «como diria o professor Marçal-Grilo, “a educação é como um porta-aviões, pode-se mover mas move-se devagarinho”. É uma estrutura muito grande, mas tem movimentos que depois ficam». E, em jeito de remate perfeitamente conclusivo: “os níveis de empobrecimento voltaram a subir nos últimos anos ao contrário da tendência que estava estabelecida de descida”.
Estas palavras de Miguel Laranjeiro são um murro na indiferença e vazio que vão matando Portugal, não são?

4. E, sem medo das palavras, o deputado eleito pelo círculo eleitoral de Braga, mostra por que é tão querido junto dos cidadãos; daqueles que, antes dos partidos, sabem olhar para as pessoas: “não havendo círculos uninominais em Portugal, tento ter uma atividade política de proximidade e faço-o com grande gosto porque acho que é assim”.
Pena não existirem círculos uninominais, não é? Porque, tal como defende o deputado socialista, é “importante que haja uma ligação entre o eleitor e o eleito. Isso só se faz conhecendo o território, estabelecendo ligações e creio que isso é que pode aumentar a confiança”.

Sem comentários:

mobilidade e o devir

  foto de arquivo Falamos de mobilidade, mas deixamos as aldeias sem transporte . Falamos de coesão, mas centralizamos a decisão . Falamos d...